• terça-feira, 21 de julho de 2015





    Já passava das três da tarde quando os jovens puderam avistar os contornos da cidade de Petalburg, uma das maiores da região. Imensas silhuetas de prédio preenchiam o horizonte e, ao sul da cidade, o imenso lago que contornava praticamente toda a cidade exibia suas belas águas azuis. O jipe da policial Jane percorria as estradas de terra cercadas por matas que aos poucos diminuíam sua densidade, sendo substituídas por longas plantações cana e diversas outras frutas comuns em regiões tropicais. Enquanto passavam pelo local, a policial mais velha fez um ligeiro comentário sobre como o clima instável tem prejudicado o trabalho dos camponeses.
    Com o movimento dos carros passando pelos buracos, Wally aos poucos despertava, abrindo lentamente os olhos e piscando algumas vezes tentando se situar sobre o local onde estava. Quando se lembrou, arregalou-os e olhou para os lados, onde May estava sentada com a Pokémon psíquica em seus braços, enrolada em um cobertor. Sua atenção parecia variar entre a estrada e a criatura que permanecia com os olhos fechados. Ao seu lado estava Juliana, também distraída enquanto olhava para algum ponto indefinido da vista de sua janela. No entanto, pareceu sentir que estava sendo observada e virou seu rosto para o lado oposto, fitando os belos olhos azuis do garoto.
    - Parece que o belo adormecido acordou – Disse ela sorrindo e ganhando a atenção dos outros dois para ele. A policial manteve seus olhos na estrada, mas parecia atenta a discussão.
    - Onde estamos? – Perguntou o mais novo, dando um leve pigarro no começo de sua fala ao percebê-la rouca.
    - Estamos chegando a Petalburgh – Respondeu Brendan – Porque não nos disse a verdade desde o inicio? O que estava pensando ao fugir de casa? Se matar?
    - Se acalme Brendan! Não precisa falar assim com ele – Interveio May.
    - Se acalme nada! Eu aposto que você sabia de tudo e não disse nada mesmo assim. Se tivesse acontecido algo mais sério seria culpa sua! Sempre faz as coisas sem pensar. Se existe um cérebro nessa cabeça faça-nos o favor de usá-lo ao menos de vez em quando! – Ela surpreendeu-se pela resposta do colega e seus olhos encheram-se de água.
    - Ela não sabia que eu havia saído de casa Brendan e se qualquer coisa tivesse acontecido eu seria o único culpado. Minha mãe não queria me deixar sair em jornada, então decidi tentar conseguir meu Pokémon por conta própria.
    - Imagino o porquê dela não ter deixado... – Comentou sarcástico.
    - Brendan... – Começou May.
    - Já chega vocês três! Parem de lavar roupa suja na frente da policial e controlem esses ânimos, pois estão afetando a Kirlia com eles. Esqueceram-se de que ela pode perceber seus sentimentos? – Interrompeu Juliana séria. Não estava gostando nada da situação e, por mais que tenham se conhecido há pouco mais de um dia todos se calaram imediatamente.
    - Juliana tem razão. Não adianta discutirem por isso agora. Wally está voltando para casa e está bem e é isso que importa. Já temos problemas o suficiente a tratar com a Kirlia – Disse por fim a policial, dando o assunto por encerrado.
                    Finalmente adentravam a cidade e May pode observar a quão bonita era. Não era a primeira vez que a vira, já viera aqui com o pai algumas poucas vezes, mas ainda assim causava-lhe admiração. A maioria das casas era muito bonita, com gramados bem cuidados. As ruas eram largas e repletas de árvores o que causava nos visitantes uma sensação agradável e acolhedora. Apesar de o trânsito ser intenso, não havia engarrafamentos, o que os fez ficarem realmente agradecidos, visto que internamente estavam preocupados com o bem-estar da Pokémon.  Depois de cerca de trinta minutos percorrendo as ruas finalmente chegaram até o final de uma avenida onde um grande prédio branco de telhado vermelho era visível.

    By: Kymotonian

                    May arregalou os olhos ao ver o tamanho do lugar, apesar de ter estado várias vezes ali, nunca havia visto o centro Pokémon da cidade ou reparado no quanto o mesmo era grande. Aquele edifício ocupava quase um quarteirão inteiro e tinha pelo menos quatro andares. Os dizeres “Pokémon Center” estavam pintados em vermelho em uma grande placa com uma pokéball  no fundo, chamando atenção dos viajantes que estavam até mesmo em alguma s ruas de distância. Pelas duas portas de vidro, entravam e saiam diversas pessoas a todo o momento. Com certeza uma grande equipe de profissionais devia trabalhar ali.
                    Sem se preocupar muito com o transito ao seu redor, a policial adentrou rapidamente no estacionamento e parou seu carro em uma das poucas vagas restantes. Antes que qualquer um pudesse dizer algo, ela saiu do carro e correu para dentro do edifício, voltando poucos segundos depois, acompanhada de dois homens vestidos de branco trazendo uma maca. Percebendo o que iriam fazer, Juliana abriu a porta do carro e saiu, dando espaço para que os enfermeiros pudessem pegar a Pokémon que ainda estava no colo de May.
                    - Você tem idéia de quanto tempo ela está nesse está nesse estado? – Perguntou ele para May, enquanto descobriam a criatura e a prendiam na maca.
                    - Quase 24 horas, creio que ela tenha sido ferida ontem à noite – Respondeu ela, sua voz carregada do peso e da tristeza por relembrar esse fato.
                    - Certo. Obrigada – Assentiu ele e juntamente com o outro, levaram a criatura em grande velocidade para dentro do prédio. Algum tempo de silêncio seguiu-se, até que foi quebrado pela oficial que já voltava para dentro do carro.
                    - Muito bem crianças, nós já fizemos tudo o que podíamos. Preciso levar Wally para o encontro de seus pais agora. Eles estão esperando por ele na delegacia – O rosto do garoto perdeu ainda mais cor, se é que era possível.
                    - Ah p-por favor policial Jane, não pode p-pedir para que eles venham me b-buscar aqui? Q-quero muito saber sobre o estado de Kirlia – Pediu com olhos suplicantes para a mulher que negou com a cabeça.
                    - Nada disso mocinho. Já te perdemos uma vez e isso não acontecerá de novo, pelo menos não enquanto eu estiver envolvida nesse caso. Presumo que seus amigos irão ficar aqui não é? – Perguntou para o grupo que assentiu – Eles podem ligar para sua casa caso fiquem sabendo de algo - Uma expressão triste passou pelo rosto do menino e ele comprimiu os lábios e abaixou a cabeça.
                    - T-tudo bem – Concordou ele e passou o número que foi anotado pela policial em um bloco de folhas pequenas que carregava. A mulher entregou o número para May.
                    - Peça aos seus pais para lhe trazerem aqui amanhã ou depois Wally. Tenho certeza que a Kirlia ficará muito feliz em te ver – Ele concordou pela cabeça. Em seguida foi até as garotas e deu um abraço e um aperto de mão em Brendan.
                    - Muito obrigado por tudo pessoal. Nem tenho como dizer o quanto foi importante para mim ter a ajuda de vocês. Espero que tudo dê certo e que um dia a gente se encontre novamente.
                    - Owwwwnnn! Você é tão fofinho Wally! Tenho certeza que vamos nos ver de novo, você com certeza virá aqui amanhã e vamos te visitar em sua nova casa, onde quer que ela seja – Disse Juliana, apertando as bochechas dele que corou, porém sorriu pela primeira vez desde que chegaram.
                    - E-Espero ansiosamente p-por isso! – Assentiu com a cabeça e entrou no banco da frente do carro com a policial – A-adeus!
                    A policial também fez um pequeno aceno para o trio enquanto ligava o carro. Saiu do estacionamento rápido, de modo que tiveram tempo apenas de dar um pequeno aceno para o garoto. Ficaram parados por alguns segundos até que May se manifestou.
                    - Precisamos fazer nossa reserva no centro Pokémon – Lembrou-se.
                    - Nossa! Como você é esperta! – Disse o garoto sarcasticamente.
                    - Cala a boca! – Ordenou – Temos que ver também como está a Pokémon – Eles então saíram do estacionamento e se dirigiram à recepção, onde havia uma grande quantidade de pessoas espalhadas assim como um enorme balcão onde haviam duas enfermeiras e três Chanseys circulando pelo lado de dentro atendendo os treinadores que chegavam.
                    - Olá! Boa tarde! Posso ajudá-los em alguma coisa? – Disse uma enfermeira. Ela possuía cabelos em tom vinho presos em um coque firme. Vestia as roupas comuns de enfermeiras o que fez May estranhar, pois sempre vira somente as mulheres da família das Joy nesses estabelecimentos. Havia até mesmo algumas enfermeiras que pintavam a cor dos cabelos de rosa para ficarem parecidas com as mulheres daquela família. Perante a falta de resposta da garota, Juliana se manifestou.
                    - Boa tarde! Eu e meus amigos gostaríamos muito que a senhora nos desse quartos para ficarmos aqui no centro.
                    - Vou fazer o cadastro de vocês. Podem me passar suas identificações? – Brendan e May passaram suas pokedex e Juliana um cartão de cor amarelada simples. Ambos repararam e ficaram se perguntando se a garota não possuía uma. May achou que talvez pudesse perguntar mais tarde.
                    - Ahn, senhorita... – Começou May, parando para ler o nome no crachá – Smith. Se não for muito incomodo gostaria de saber o estado de saúde da Pokémon que deixamos aqui...
                    - O Pokémon pertence a algum de vocês? – Perguntou a mulher.
                    - Não, senhora. Ela é uma Pokémon selvagem que encontramos na route 102 e trouxemos para cá.  Deixamos ela há alguns minutos com alguns enfermeiros no fundo do hospital. Seu estado dela era meio sério então estamos preocupados.
                    - Compreendo – Assentiu a enfermeira – Bem, não garanto que posso trazer-lhes informações imediatamente, pois ela provavelmente ainda está sendo avaliada e os procedimentos de urgência realizados caso sejam necessários. Vocês podem aguardar em seus quartos e descer mais tarde que provavelmente terei notícias.
                    - Eu prefiro aguardar aqui, se não for incomodo – May manteve-se firme, de forma alguma conseguiria ficar quieta dentro de um quarto.
                    - Eu te farei companhia então – Disse Juliana e a garota ficou grata, talvez a presença dela diminuísse o nervosismo que teria caso ficasse sozinha.
                    - Eu irei subir. Pode me dar a chave enfermeira? – Pediu Brendan sem olhar para as garotas.
                    - Sim, consegui um quarto individual para você Brendan, mas as meninas terão que dividir. Vocês se importam? – Ambas fizeram que não. O moreno pegou sua chave e subiu sem se despedir enquanto elas sentaram-se em um dos sofás do centro. May achou melhor puxar algum assunto com ela já que mal tiveram tempo de se conhecer.
                    - Posso te chamar Juh? – Perguntou ela um pouco vermelha.
                    - Claro que pode, não precisava nem me pedir...
                    -Eu queria saber... Você disse que veio de Sinnoh, não é?
                    A conversa fluiu com naturalidade durante alguns minutos. May ficou sabendo que a nova amiga morava em Sinnoh e que o pai dela era dono de um pequeno Day Care próximo a Eterna City, que era a mais velha de quatro irmãos, possuía 15 anos e viera para Hoenn com o objetivo de se tornar coordenadora. Também contou um pouco de sua vida, dos tempos em que morou com seu pai e sobre a escola em que estudou. Não mencionou nada sobre sua mãe, pois considerou um assunto inapropriado para a ocasião e não se sentiria a vontade para contar a ninguém. Era um problema seu ninguém precisaria saber.
                    Algum tempo depois a mulher de cabelos ruivos surgiu novamente atrás do balcão. Deu uma pequena olhada ao redor até localizá-las e, assim que as viu, fez um sinal para que se aproximassem. Temendo e ao mesmo tempo ansiando as notícias que iriam receber, as garotas se aproximaram.
                    - Infelizmente não tenho notícias muito boas a dar-lhes garotas. O estado de saúde da Pokémon que trouxeram é muito grave, ela está com desnutrição e desidratação severa. Ela também levou uma pancada na barriga que fez os ovos que estavam em formação se partirem e a casa deles pode perfurar a placenta e até mesmo o útero a qualquer momento. No momento conseguimos sedá-la e ela está recebendo medicação e nutrientes via intravenosa.
                    - Porque vocês não fazem um parto cesáreo para remover os filhotes, enfermeira? – Questionou May.
                    - No seu estado atual ela não sobreviveria a uma cirurgia.
                    - E o que vocês vão fazer agora? – Perguntou Juliana. A gravidade da situação também a assustara.
                    - Somente imobilizá-la e esperar que se estabilize um pouco mais para que a cirurgia possa ser realizada.
                    - Entendi. Obrigada Sra. Smith! – Suspirou May e saiu dali andando lentamente. Pretendia dar uma volta na cidade e distrair seus pensamentos. A notícia que a enfermeira trouxera lhe trouxera uma tristeza imensa no peito.
                    - May! Aonde você vai? – Juliana chamou e correu até ela.
                    - Só estava pensando em dar uma volta por aí – Explicou dando de ombros.
                    - Precisamos ligar para o Wally. Ele gostaria de saber disso, mesmo sendo uma notícia triste – Continuou a morena. May retirou o papel do bolso e entregou para a garota.
                    - Você pode falar com ele para mim? Não estou muito bem pra conversar.
                    - Posso, mas fique comigo. Não gosto de levar notícia ruim pro povo. – Ambas foram até o videofone e a negra digitou os botões e aguardou até que a ligação se completasse – Será que eles já estão em casa? – May deu de ombros para dizer que não sabia.
     O aparelho chamou umas quatro vezes até a ligação se completar. Uma mulher de cabelos castanhos e olhos cor de âmbar apareceram na tela, pela semelhança do rosto puderam deduzir que se tratava da mãe de Wally. Ela olhou curiosa para a morena.
    - Boa tarde! Posso ajudá-la em alguma coisa? – Perguntou educadamente.
    - Boa tarde, senhora. Nós somos amigas de Wally. Podemos falar com ele um minuto?
    - Sinto muito, mas Wallance não pode falar com ninguém no momento – Ela negou, sua expressão se tornou mais rígida.
    - Por favorzinho. É sobre a Pokémon que a gente salvou, é urgente – Pediu Juliana e May levou a mão ao rosto assim que a mulher fechou a cara.
    - Wallance não vai falar com você ou com mais ninguém, principalmente algo relacionado a isso. Faça o favor de não tornar a ligar para cá. Adeus! – Encerrou a chamada sem esperar resposta.
    - Que educação – Ironizou May.
    - Ahn... Acho que fiz merda falando da Kirlia, não é? – Perguntou ela passando a mão pelos cabelos.
    - Um pouquinho, mas de qualquer forma não acho que ela iria ceder – Virou-se e olhou para a porta - Eu preciso dar uma volta, se depois você puder avisar o Brendan por mim seria bom. Provavelmente ele me dará uma patada se eu for.
    - Está bem, mas não demore... – Ele se aproximou e deu um beijo na bochecha da mais nova fazendo-a corar.
    - E-eu e-estou indo! – Disse e saiu apressadamente por conta da vergonha que sentia.
    Diferente das ruas de Littleroot e Oldale, aquela cidade era muito mais movimentada. Carros iam e vinha em um fluxo constante, assim como pessoas. Diversas lojas com uma imensa variedade de produtos exibiam seus anúncios por todos os lados. A garota se sentia levemente desconfortável enquanto passava pela rua por isso desviou seu caminho para uma área mais periférica. Não sabia onde ficava a casa de Wally, a única coisa que conhecia dessa cidade era o ginásio porque o visitara uma vez com o pai, e foi para lá que decidiu ir. Não tinha intenção de desafiar o líder, mesmo porque, segundo as novas regras da região, batalhas deveriam ser marcadas com antecedência, ou seja, um líder poderia se negar a enfrentar o desafiante caso ele não marcasse a batalha com pelo menos 24 horas de antecedência.
    Andou por algumas ruas até chegar ao local. Era um edifício de aspecto preservado semelhante a um dojo. Pintado em cores claras com teto azul. No topo da entrada haviam duas pokebolas rodeadas por detalhes amarelos.  Cinco degraus formavam o caminho para a entrada no muro de pedras. Ela retirou a premier ball de Skitty dentro da bolsa. Teria mesmo ela capacidade de vencer o líder? Entretanto, não teve seu pensamento concluído por algo que chocou-se contra seu corpo, levando-a diretamente ao chão.


    - Que droga! Porque você não olha para onde anda garota? – Reclamou uma voz feminina, fazendo May olhar para sua dona, que também havia caído no chão. Com certeza aquela era a garota mais bonita que havia visto em toda sua vida. Possuía cabelos negros e longos e pele extremamente branca, os traços de seu rosto eram angelicais e os lábios finos e delicados, mas o que mais chamava atenção eram os olhos, tão verdes que fariam as mais belas esmeraldas do mundo não passarem apenas de carvão.


    - Ahn...
    - Não sabe falar? Além de cega é sonsa! – Zombou do silêncio da garota enquanto levantava-se e tirava a poeira da roupa. Usava uma camiseta branca com gravata azul sobrepostas por um casaco preto, calças e botas também pretas, deveria ser algum uniforme escolar. May fez o mesmo que ela, embora suas roupas não tenham se sujado. Não tinha coragem de olhar no rosto da garota, suas bochechas esquentavam só de sentir o olhar dela em si.
    - D-desculpe-me pelo esbarrão, n-não f-foi minha intenção – Murmurou de cabeça baixa.
    - É claro que não! Se fosse não estaria viva agora pra contar história! – Ela estava realmente irritada, May não sabia se era só por aquilo, mas para ela parecia demais.
    - P-pode me dar licença, por favor? – Pediu enquanto caminhava para a porta do ginásio.
    - O que você vai fazer aí? – Perguntou a garota, segurando seu braço com força. May se irritou, não importava quem fosse aquela garota ou se era muito bonita. Ninguém tinha o direito de tocar nela ou impedir que fizesse algo pelo qual tinha direito.
    - O que as pessoas costumam fazer em ginásios – Respondeu enquanto tentou puxar seu braço, mas a outra não soltou.
    - Quanto tempo você está em jornada?
    - Me solta! E isso não é da sua conta! – Disse olhando para cima, só agora tinha notado que a outra era alguns centímetros maior do que ela.
    - Acha que com alguns diazinhos fora de casa você vai derrotar Norman? Esses seus pokémonzinhos vão servir de almofada de pé para ele! – Havia um sorriso debochado em seu rosto. May ficou ainda mais vermelha.
    - Isso é problema meu! E se não me soltar agora eu vou gritar!
    - Ele não vai poder batalhar com você hoje de qualquer jeito. Venha comigo... – Ela não soltou, apenas puxou May para outra direção. A menor resistiu e se manteve firme no lugar, já estava se cansando da outra.
    - Qual é o seu problema? Mesmo que eu não possa desafiá-lo agora tenho o direito de marcar uma batalha – Retrucou May e mexendo o braço conseguiu se soltar, mas a outra rapidamente entrou em sua frente.
    - Se batalhar contra mim, pode ir e fazer o que quiser depois! – Ela persistia firme em seu desafio, a outra não a entendia. Qual era a finalidade daquilo? Pela primeira vez teve coragem de olhar em seus olhos e por um instante quase se perdeu neles.
    - Eu vou fazer o que eu quiser de qualquer jeito e você não pode fazer nada a respeito disso. Já que quer tanto essa batalha eu vou aceitar, não porque você quer, mas porque treinador de verdade não nega desafios.
    A morena não disse mais nada, apenas fez sinal para que a outra a seguisse. Atravessaram a rua e seguiram pela calçada ao lado de um muro coberto de hera. Vários metros depois o mesmo terminou e elas se depararam com lote vazio que parecia ter sido capinado há pouco tempo juntamente com a finalidade de servir de arena de batalha.
    - Dois contra dois, pode ser? – Sugeriu a garota de cabelos negros, May apenas confirmou.
    - Vai Skitty! – Liberou a gata que já parecia pronta para a batalha.
    - Skitty? Não me surpreendo, se quiser jogar uma flor para lutar da próxima vez também será bem vinda – Zombou fazendo a gata sibilar e mostrar as presas – Vamos acabar com isso rápido Vigoroth! – Ela lançou sua pokebola, liberando para o campo um Pokémon semelhante a uma preguiça. Devia ter por volta de um metro e meio e longos pelos brancos por todo corpo, exceto por duas manchas nas costas e o tufo de pelos vermelhos no topo da cabeça. Nas pontas de cada pata, duas garras grandes e afiadas preparavam-se para desferir golpes em todos àqueles que ousavam se aproximar.


                    - Fake out! – Ordenou May e Skitty se moveu com extrema velocidade e acertou o peito de seu rival que mal pareceu ter sentido o golpe.
                    - Isso foi brincadeira néh? Acabe com isso com Slash! – Skitty não teve tempo de esquivar, levou um golpe direto das poderosas garras da preguiça e foi lançada alguns metros pra trás.
                    - Skitty! – Gritou May, surpresa com a força de sua adversária. Não esperava levar um golpe como aquele.
                    - Ela não vai mais...
                    - Meeeeeoowwww – Um longo miado interrompeu a fala da garota de cabelos negros. Skitty tremia as patinhas enquanto forçava seu corpo a se levantar, algumas gotas de sangue eram visíveis no local onde caíra.
                    - Skitty! – Apertou a mão que segurar a cápsula da Pokémon com força – Me desculpe por isso – Chamou a Pokémon de volta - Vai Cascoon!
                    -Tsc! Acho que ambas já sabemos quem venceu essa batalha... – Comentou a outra olhando com desdém para o casulo.
                    - Você disse dois pokémons. Ainda não acabou! – Respondeu May, enquanto tentava manter a calma.
                    - Slash de novo Vigoroth. Acabe com esse inseto...
                    - Harden! – Disse May e seu Pokémon endureceu o corpo, para logo em seguida levar o golpe do adversário. Aparentemente o golpe foi mais forte do que o anterior, pois havia rasgado parte da seda que envolvia o Pokémon.
                    - Acabou... – De repente, uma luz intensa saiu do local em que o Pokémon de May havia levado o golpe. Ela levou a mão aos olhos por alguns segundos, sem acreditar que estava presenciando sua primeira evolução.
                    Uma nova criatura saia do que antes parecia apenas um casulo. Ela pode distinguir grandes asas verdes com manchas vermelhas e um corpo da mesma cor de seu antigo casulo. Suas quatro patinhas eram pequenas e vermelhas e haviam duas grandes antenas amarelas no topo de sua cabeça, a mesma cor de seus olhos estranhos. Aquele era Dustox, uma das evoluções máximas do Wurmple.


                    Diferente de May, a outra garota não parecia impressionada. Era como se já tivesse visto cenas como aquelas milhares de vezes. Ordenou o mesmo ataque a seu Pokémon novamente para que o mesmo derrubasse a mariposa.
                    - String shot no pé dele – Ordenou May e seu Pokémon lançou uma grande quantidade de seda no pé do Pokémon que vinha em sua direção fazendo-o tropeçar e perder o equilíbrio – Agora gust! – O Pokémon bateu as asas com força formando um pequeno tornado que atingiu a preguiça diretamente.
                    - Acabe com isso logo – Disse a garota de cabelos negros e seu Pokémon puxou o pé preso, soltando-o facilmente e correu na direção do inseto, como se não houvesse nada atacando-o, quanto se aproximou o suficiente deu um grande salto e pegou-o por trás sem dar espaço para fugas. A batalha estava terminada.
                    Sem olhar para sua desafiante, May foi até seu Pokémon e pegou o nos braços, fez um carinho em sua cabeça e agradeceu, chamando-o de volta para sua pokebola. Virou-se logo em seguida para a garota que também já havia chamado seu Pokémon de volta.
                    - Você já teve sua batalha. Pode me deixar em paz agora – Disse baixo e em seguida passou pela garota sem olhá-la. Sentia o peso da derrota humilhante caindo em seus ombros. Teria passado direto se uma mão suave não tivesse segurado a sua e uma estranha sensação de choque elétrico a percorresse nesse momento.
                    - Eu sou filha de Norman... – Falou também em tom baixo – Até hoje eu não consegui derrotá-lo, nem cheguei perto.
                    - E queria me poupar de uma derrota humilhante me vencendo em outra batalha mais humilhante ainda. Obrigada! – Soltou sua mão da garota.
                    - Não queria te poupar de nada, não estou nem aí pra você. Só me irrita o fato de que qualquer desafiante possa chegar lá e conseguir uma batalha, coisa que levo semanas para conseguir – May não disse nada. Apenas prosseguiu seu caminho até que se lembrou de algo que havia se passado em sua mente. Virou-se para a garota que ainda olhava-a.
                    - Você disse que é filha de Norman, não é? Você conhece Wally? – Odiava ter que precisar da ajuda daquela garota, mas era a única forma de encontrar seu amigo.
                    - O ladrãozinho que pegou o Pokémon do meu pai? – Ela assentiu, apesar de não ter gostado muito da expressão usada para se referir ao amigo – O que você quer com ele?
                    - Você sabe onde ele mora? – Queria matá-la ao invés de perguntar isso, mas se conteve.
                    - Sei sim. Quer que eu te diga onde é?
                    - Se for possível... - Ela olhou o relógio em seu pulso que até então permanecia oculto pela manga da roupa.
                    - Está ficando tarde – Comentou – Espere aqui um momento – Pediu e em seguida correu pelo caminho de onde vieram.
    May se perguntou se deveria mesmo permanecer ali ou ir embora enquanto tinha chance. Esperou por alguns minutos até levantar-se para ir quando ouviu uma voz chamar por ela. A garota surgiu de trás do muro, fazendo sinal para que fosse até ela. Meio receosa May caminhou em sua direção até bem próximo, quando a outra fez um sinal para algo atrás de si, fazendo-a notar ali uma grande motocicleta preta. Parou por um instante.
    - O que está pensando em fazer? – Perguntou.
    - O que mais eu estaria fazendo com uma moto e dois capacetes? Eu vou te levar até a casa do ladrão – May corou e balançou com a cabeça rapidamente. Aquela garota era bipolar?
    - Não precisa.
    - Daqui a pouco vai anoitecer. Você querendo ou não, não posso deixá-la rodando por essas ruas à noite. A cidade é bem perigosa em algumas áreas.
    - Você tem carteira? – Perguntou hesitante.
    - Não, sua idiota! Norman deixaria sua filha sair rodando por aí de moto sem habilitação. Anda logo! – Foi até o veículo, pegou um capacete e o pôs na cabeça.
    - Tudo bem – Ela com certeza se arrependeria disso depois, mas acabou aceitando ir com a garota, pegando o capacete e colocando-o – Quantos anos você tem mesmo?
    - Você deveria saber que isso não é uma pergunta educada para se fazer a uma garota, mas irei responder. Tenho 17 anos, tenho carteira desde os 16, que é a idade permitida para me habilitar no continente – A mais nova subiu na garupa da moto e passou os braços em sua cintura para segurar-se. Novamente a sensação de formigamento percorreu seu corpo, ela sentiu seu rosto esquentar pela posição em que estava – Está com medo?
    - Não! – Respondeu May imediatamente. A outra ligou a moto e acelerou bastante, ainda mais quando entraram em uma avenida. A mais nova apertou os braços com força, por mais que estivesse constrangida, o medo de morrer era maior. Elas percorreram as ruas rapidamente por alguns minutos até pararem em algum lugar. Quando May finalmente teve coragem de abrir os olhos. Viu que estavam na parte de baixo de uma pequena escada que levava para uma bela casa de dois andares rodeada de árvores.


    - Tem certeza que não estava com medo? – Perguntou a outra rindo.
    - Cale a boca... Digo, você pode ir agora. Obrigada pela ajuda.
    - Não posso, ainda não sei seu nome... – May se perguntou por um instante qual a cara que ela estaria fazendo.  Infelizmente o capacete ocupava sua visão.
    - Meu May Primrose e o seu?
    - Lunna Palmer. Não sei se foi exatamente um prazer conhecer você, mas sei que nos encontraremos em breve. Até logo! – E dizendo isso, ligou sua moto e saiu.
    - Porque eu só atraio gente doida? – Questionou-se e em seguindo subiu as escadas que levavam a porta. Pensou por um instante em bater, mas recordou-se da ligação nada agradável para a mãe do amigo. Andou ao redor da casa até parar em uma janela ao lado de uma árvore. Pegou uma de suas pokeballs e lançou, esperando que seu Pokémon já houvesse se recuperado – Dustox, eu preciso da sua ajuda.
    - Duuuuusss – A mariposa ganhou os céus, apesar da batalha, parecia bem.
    - Voe até aquela janela e veja se aquele é o quarto de Wally, veja se ele está lá para mim, por favor – A mariposa assentiu e fez o que lhe foi pedido. Voltando alguns segundos depois com um sinal para que a garota subisse. Ela subiu na árvore ao lado da janela até um dos galhos mais altos. Assim que viu o menino, fez um pequeno ruído com a boca ganhar sua atenção. Ele parecia triste, e não pode conter sua surpresa quando viu a garota na janela.
     - May? O que você está fazendo aqui? – Disse baixo se aproximando da janela.
    - Eu vim ter dar notícias sobre a Kirlia – E contou tudo o que lhe foi dito pela enfermeira. A medida que ia pronunciando as palavras, a face do menino ia se tornando mais séria.
    - E-eu preciso ir até lá. Preciso ver Kirlia pelo menos mais uma vez antes de ir embora... – Ele falava mais para si mesmo.
    - E o que você vai fazer? Seus pais vão deixar?
    - Não posso nem pensar em pedir pra eles. A porta do quarto está trancada – Respondeu.
    - Então venha pela janela. Sei que é errado, mas não há muito que podemos pensar agora – Chamou e se afastou para dar espaço ao garoto. Ele corou levemente e não se moveu.
    - Eu tenho medo de altura... – Disse em um tom quase inaudível.
    - Você não pulou de um penhasco para salvar uma pokebola? – Indagou ela.
    - Eu não pensei no que estava fazendo – Justificou.
    - Então não pense agora, ou perderá sua oportunidade – Fez um sinal para seu Pokémon que ainda estava ao seu lado – Ajude Wally a descer Dustox.
    Foi um processo lendo, mas conseguiram finalmente descer a árvore sem cair ou se machucar. Assim que alcançaram o chão, moveram-se silenciosamente até a rua para logo em seguida começarem a correr.
    - O que faremos agora? O Centro Pokémon está longe – Perguntou May ofegante. Wally parou por alguns segundos.
    - Podemos achar um táxi. Ele nos levará até lá – A garota concordou e correram pela avenida principal a fim de encontrar um veículo.
    Depois de algum tempo nas ruas, finalmente chegaram ao prédio vermelho e branco. May pagou o taxista com parte do dinheiro que carregava e entraram no centro. A primeira coisa que avistaram foi Juliana correndo até eles e dando um abraço na garota.
    - May! Você desapareceu! Estávamos preocupados! – Ela realmente parecia tensa, a mais nova deu um pequeno abraço para confortá-la.
    - Eu estou bem... – Foi então que viu que Brendan também se aproximava,  diferente de Juliana, ele não pareceu preocupado. Olhou de relance para Wally e lançou a ela um olhar acusatório, porém, diferente de uma bronca como ela esperava, o menino disse palavras que gelaram seu sangue.
    - A Kirlia teve uma hemorragia e foi levada para a sala de cirurgia. Tentamos te localizar, mas você decidiu sumir. Parece que as chances de que sobreviva são mínimas...









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    1. Pois bem,parece que algumas partes do cáp foram escritas com pressa,por causa de um pequenos errinhos aqui e ali,como por exemplo no meio do capítulo você ter escrito Nornan ao invés de Norman.Mas fora isso gostei do cáp,parabéns.

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      1. Oi mano! Obrigada por comentar!
        Não, até que o capítulo oi feito com calma, acho que a impressão dele ter ficado corrido foi porque não coloquei tantas descrições, pois ia ficar longo demais se fizesse isso. Quanto aos erros, juro que tentei reduzi-los o máximo possível, tanto que passei um tempão relendo o capítulo, mas a gente sempre deixa passar alguma coisa T.T
        Espero que continue acompanhando o blog.
        Abraços!

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    2. DUSTOX! DUSTOX! DUSTOX!

      Se você quer realmente me deixar animado com algum capítulo coloque um pokémon inseto nele.Gente, passou até uma ceninha aqui na minha cabeça da cascoon evoluindo de tão envolvido que eu tava.

      O que falar dessa Lunna que mal conheço, mas já considero pacas? Como já comentei aqui outra vez, eu tenho uma queda por personagem que possuem um de superioridade. E acho que ela vai cumprir bem um papel de smash rival pra May... Coitada da Skitty :X no lugar dela eu ficaria meses traumatizado da surra que ela levou do Vigoroth. Mas o que esperar de alguém que é treinada pelo Norman (GYM mais chatinho nos jogos)?

      Carol, vamos abrir incluir plano de saúde na Neo Aliança daqui pra frente, pq a situação ta braba com o Rocut doente lá e a Kirlia aqui :P Olha, acho bom esses médicos salvarem a vida da bichinha e do bebê também, porque VAI TER BEBÊ RALTS NESSA HISTÓRIA SIM e se não tiver eu faço panelaço.

      Wally is the new Rapunzel. Sério mesmo, se eu fosse o pai desse menino já tinha amarrado ele na cama kkkkkk tudo bem que é por uma boa causa, mas ele já passou dos limites de desobediência. Quem vê assim nem imagina o pestinha que é essa criança heheh

      Obrigado por esse capítulo maravilhoso, Rol. Continue assim :D

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      1. Eu tbm gosto muito de insetos <3 Mas os meus preferidos são os do tipo fogo e os normais (forever <3).
        Eu também adora a Lunna, ela é tão... Sei lá. Só sei que ela é destruidora, derrubadora de forninhos, gata, diva, sexy #teamLunna (masoq?). Eu fiquei com dó também, mas fazer o que... May tinha de tomar um choque de realidade para saber o que vêm por aí. E pode preparar pq a porr* é séria.
        O que será q vai acontecer com a Kirlia? Vamos ver. Só resta aguardar pra saber o que a enfermeira Joy nos dirá. Só tem poke doente aqui, esperto vai ser o primeiro que abrir um plano na fic pra eles hahaha.
        Wally é terrível, não aguenta ficar dentro de casa um minuto, se fosse meu filho já estava preso com uma corrente pra ver se sossegava. Depois não quer que o pai e a mãe não fiquem com raiva, o boy só apronta.
        Obrigada vc por ler o cap, Gah.
        Até a próxima!
        Beijos!

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    3. Eu não sei se sento um tapa na cara dessa Luanna ou dos pais do Wally, grrr, ódio deles, eu sinceramente O-DI-EI essa Luanna e quero que ela apodreça no quinto dos infernos, raiva!
      Mas ainda bem que Cascoon evoluiu para Dustox ♥ Ai amo d+
      E Wally fugindo de casa de novo? Esse guri não tem jeito mesmo, daqui a pouco os pais dele metem grade nas janelas.
      Enfim, adorei esse capítulo, e já vou para o próximo

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      1. Tadinha da Lunna, no fundo é uma boa pessoa (bem no fundo mesmo). O Cascoon tinha que evoluir né, pra mostrar toda a beleza das asas coloridas e o jeitinho fofo. Acho que grades para o Wally talvez não sejam suficientes, acho que vamos ter que apelar para correntes hahaha.
        Até a próxima <3

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    4. QUE SAUDADES QUE EU TAVA DE LER ESSA FANFIC AAAAAAAAAA

      Eu não sei se fico impressionada com a precisão do diagnóstico da Kirlia ou se choro por ela estar quase morrendo :(
      Eu adoro seu estilo de detalhar coisas que passam despercebidas para a maioria dos escritores de fanfic, isso torna sua fanfic única <3

      CARA, EU COM CERTEZA USARIA A FOTO DA LUNNA COMO FOTO DE PERFIL AOS 14 ANOS HAUSUASHUAUS Eu adoro esse tipo de personagem
      Apesar de amar a Beautifly, não posso negar que tenho uma certa queda por Dustox, principalmente por causa da tipagem. Adoro os Poison type <3

      Vigoroth é sempre um Pokémon ignorado, achei muito legal da sua parte uma rival da May ter um Pokémon desse nível. Imagino uma batalha futura contra Delcatty e Slaking só pra mostrar que os Normal type também sabe fazer uma boa batalha haushausha

      Carol, adorei o capítulo e to com medo de ler o próximo por causa da Kirlia.
      See ya ahsuahusu

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      1. AAAAAAAAAAAA QUE BOM QUE VOCÊ VOLTOU A LER
        É engraçado receber um comentário nesses capítulos mais antigos porque eu nem sequer me lembrava do que senti na fic na época, mas eu lembro de ter me cortado o coração escrever isso. Esse negócio de detalhar a fic, bem, você sabe como sou levemente obcecada com que as coisas tenham alguma lógica científica ou médica, então farei o possível para tentar trazer o máximo delas aqui, apesar de acabar pecando em alguns pontos.
        EU USARIA TBM kkkkkk Nem pensei muito na hora de escolher a fotografia, só queria alguém que diferisse bastante da a May assim como a personalidade, aí surgiu essa imagem aí e pronto.
        Eu fiquei pensando que dar uma Beutifly pra ela, só que aí percebi que não teria tanta graça, além de parecer com o animê, então escolhi um Dustox que seria um pokémon razoavelmente incomum de ser ver nas fics e ainda tem uma moveset bem bacana.
        Vigoroths são pokémons tão legais, inclusive, acho mais legais do que a evolução deles, pena que geralmente não são tão usados como eu gostaria que fossem (Acho que todo mundo tem trauma do Norman kkkk)
        Muito obrigada pelo comentário, Star.
        Espero que a história continue a te agradar (embora eu esteja levemente receosa de acabar te deixando triste kkkkk).

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    5. Ora ora; estava na expectativa de uma batalha da pai com um Norman não-pai; pra ver como você trabalharia com ele, mas tivemos um confronto ainda mais suculento dela com uma May não-May. Mais um stompinho que uma batalha de verdade, mas é bom pra definir o nível que os treinadores precisam chegar.

      E o que é isso; May crushando em todo mundo mesmo? Não pode aparecer personagem novo que ela já tá se interessando, huahahaha, aprovo, vai fundo garota.

      Achei a evolução bem encaixada, que normalmente tu espera o clássico, pokémon evolui em combate climático pra conseguir a vitória no último momento! Mas não, aqui evolui, leva patada, cai do mesmo jeito, huahahaha, é uma boa quebra de expectativas.

      O Wally se rebelando contra a família é um arco bom, geralmente mais implícito nos jogos e não maioria das histórias que vejo por aí. Tem que se rebelar mesmo, foge garoto.

      Já to aguardando pelo trágico fim do Kirilia, e o Ralts indo pro Wally, e acho que se bem feito isso arremata bem o arco, gera um momento interessante, dá potencial dele crescer, já que é o momento dele.

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      1. Não dá pra editar comentário aqui; que horror. Quis dizer batalha da *May na primeira linha, vou ter que revisar as coisas antes de postar agora, sadface kkkkk

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      2. Hahaha talvez a May precisasse de uma surrinha inicial do Norman para começar a ter seu caráter construido, mas decidi fazer isso de outra forma que talvez tenha sido uma construção de caráter maior ainda haha. Lunna n teve dó, pobre May, nunca teve chances.
        A May é igual o Santos, caiu na vila o peixe fuzila kkkkk Parei, pobre garota, nem tá pensando nisso ainda.
        A diferença de níveis era muito grande. Eu queria fazer a evolução logo porque ia ser útil para as próximas batalhas dela, mas não dava para vencer, só se eu quisesse fazer ela ter um protagonismo desgraçado kkkk.
        Wally ainda terá seus momentos, por mais que eu tenha começado a introduzi-lo por aqui, ainda teremos mais capítulos com o garoto. Ele acabou por se tornar um dos secundários mais interessantes.
        Obrigada pelo comentário, Ex! Te vejo nos próximos!

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